Chuva de Ouro
As begônias estão chovendo ouro, suspendidas dos galhos da oiticica. O chão, de pólen, vai fincando louro e o bosque inteiro redourado fica. Dir-se-á que se dilui todo um tesouro. Nunca a floresta amanheceu tão rica. As begônias estão chovendo ouro, penduradas dos galhos da oiticica. Bando de abelhas através do pólen zinindo num brilhante fervedouro, as curvas asas transparentes bolem. E, enquanto giram num bailado belo, as begônias estão chovendo ouro. Formosa apoteose do amarelo! (1928) Publicado no livro Obra Poética (1958). In: COSTA, Sosígenes. Obra poética. 2.ed. rev. e aum. por José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix; Brasília: INL, 197 |
quarta-feira, 9 de julho de 2014
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